30 dezembro 2008
Ordem do Infante
O Nosso Diogo, não esteve muito atento. Com o BOM PORTUGUÊS que nos vai habituando, banindo o emprego de termos mais impróprios e ordinários, ele seguramente advertiria (não posta mas é proscrito) e sugeria: um Feliz Ano Novo repleto de F.A.L.O.S.
Na ocasião brindava a todos os leitores sem excepção, um soneto do Bocage
XIII [SONETO DO PAU DECIFRADO]
É pau, e rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro:
Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:
À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!
Para carvalho ser falta-lhe um U;
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu.
Manuel Maria Barbosa du Bocage
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