06 janeiro 2009

- o tRIuNFo DoS pORcOS - uma fábula política e académica



Sempre actual...de leitura obrigatória...eles ainda andam por aí...


O “Triunfo dos Porcos”, publicado em 1945, é um romance alegórico, uma fábula política, sobre os regimes socialistas e a sua evolução, escrito por George Orwell, com a sua tão característica mordacidade e subtileza, conta a história de uma revolução entre os animais de uma quinta, a interacção entre estes e humanos, e o modo como o idealismo foi traído pelo poder e corrupção. Tudo começa, quando o "velho Major" (o porco mais velho da quinta) convoca uma reunião com todos os animais, onde lhes relata o sonho que teve, uma ideal em que todos os animais viveriam livres e sem estar sob o domínio dos humanos, a visão sobre uma revolução.
Entretanto o "velho major" morre, mas o mesmo não se pode dizer sobre a sua utopia.


Os animais reflectem as palavras pronunciadas, despoletando os preparativos para a revolução. Dá-se vida ao "Animalismo" uma filosofia de vida criada pelos animais, e no dia em que o Sr. Jones esquece-se de alimentar os animais a luta principia, os animais triunfam e expulsam os humanos.


Principiam os planos para uma vida melhor segundo os princípios do "animalismo". Os porcos são considerados os animais mais inteligentes e por isso responsabilizam-se pelos problemas intelectuais, enquanto os outros animais trabalham no campo. Aparecem dois porcos, com capacidade de lider: "Snowball" (baseado em Leon Trotsky) e "Napoleão" (baseado em Joseph Estaline), acabando por estes entrarem em rota de colisão. Por algum tempo os animais conseguem viver felizes, por se saberem em liberdade, e também, por terem ganho empenho e devoção nos afazeres, uma vez que já não tinham de dividir os frutos do seu trabalho com os humanos.
Os problemas começam a surgir, o poder começa a fazer efeito, e os princípios do “animalismo” começam a ser alterados, alguns dos animais começam a ser mais bem tratados do que outros e o que começou por ser uma revolução sobre a liberdade acaba numa ditadura. Seguem-se as perseguições, criação de bodes expiatórios e a opressão final.


Instala-se um clima de suspeição, mas a maior parte está demasiadamente adestrada para acreditar no que se está a suceder. Os honestos e íntegros, que agiram e deram a vida pela causa, continuam acreditar por que tinham lutado, nada tinha sido deturpado e adulterado. O burro Benjamim, não se deixa levar. Os outros, como por exemplo os carneiros, que nada entendiam, limitavam-se a balir “Quatro pernas bom, duas pernas mau!”

O fim é o regresso ao princípio; “...Não havia dúvidas agora sobre o que estava acontecendo às caras dos porcos. Os que se encontravam lá fora, olhavam do porco para o homem, do homem para o porco e novamente do porco para o homem, mas era já impossível distinguir uns dos outros."

Consiste numa sátira genial ao autoritarismo e totalitarismo, que crítica os regimes ditatoriais de uma forma exemplar, nomeadamente o da União Soviética.O livro foi escrito durante a II Guerra Mundial, apesar dos problemas inerentes, uma vez que nesta altura a União Soviética era aliada da Inglaterra.


No quadro dos princípios do animalismo lê-se agora: " Todos os animais são iguais mas alguns, são mais iguais do que outros".

Moral: Todos antigos alunos são antigos, só que há uns mais antigos que os outros.

2 comentários:

mascarenhas disse...

“Quatro pernas bom, duas pernas mau!”, já parece uma música da Floribela Malvada

FLA disse...

Grande obra, e o "1984" não fica atrás, merece uma postagem.