26 janeiro 2009

Um pouco de história recente - A Dama de Ferro


Margaret Hilda Roberts nasceu em Grantham, Inglaterra a 13-10-1925.
Estudou ciências químicas na Universidade de Oxford onde foi presidente da Associação Conservadora local.
Em 1951 casou-se com Denis Thatcher, um alto executivo da indústria petrolífera que a introduziu na política.
Em 1953 ingressou no Partido Conservador, do qual o marido já era membro, e em 1959 ganhou um lugar na Câmara dos Comuns.
Assumiu a presidência do Partido Conservador em 1975 e elaborou um programa rigoroso para inverter a crise da economia britânica.
O seu programa recebeu o apoio da opinião popular, e em 1979 conseguiu que os conservadores ascendessem ao poder por ampla margem: converteu-se assim na primeira mulher britânica a ocupar o cargo de primeira-ministra.
Governou com pulso firme até 1990, ganhando o apelido de "Dama de Ferro", por suas posturas inflexíveis.
Conseguiu bons indicadores económicos. No entanto, durante o seu mandato foram muitos os trabalhadores despedidos, pelo que não foi capaz de evitar o aumento do desemprego no Reino Unido.
Em 1984 enfrentou graves conflitos sociais, em especial a greve dos mineiros, que reprimiu com dureza.
Em 1987 ganhou de novo as eleições, mas nesta ocasião por uma margem muito mais reduzida.
Thatcher recusou a união social e política do Reino Unido com a Europa.
Criou um imposto regressivo, o poll tax, o qual sofreu uma violenta e vitoriosa resistência popular e a levou a perder o apoio de seu próprio partido. Não lhe restou outra alternativa para além da demissão em 1990.
Em 1992, Margaret Thatcher deixou a Câmara dos Comuns ganhando lugar na Câmara dos Lordes como Baronesa Thatcher de Kesteven.

Margaret Thatcher revistando as tropas Militares do Reino Unido (Foi apelidada por alguns de “The Sargent” - A Sargenta).

"Se meus críticos me vissem andando sobre as águas do rio Tamisa, diriam que é porque eu não sei nadar."
Esta tirada de Margaret Thatcher dá-nos uma dimensão das dificuldades que a poderosa primeira-ministra enfrentou ao governar o Reino Unido com mão de ferro.

9 comentários:

Alquevista da Foz disse...

fatacinha, estás em fogo!

FLA disse...

Parabéns!Apesar de estar associada à triste guerra das Malvinas, ela foi uma fonte de anedotas de ferrugem.

Alquevista da Foz disse...

... e fonte dos desejos mórbidos do Adrien Mole!

Graciete disse...

Brambas, fogo e ferro tem tudo a ver!

Fataça, excelente postagem que fizeste!
A Srª Margaret Thatcher, independentemente da política que seguiu, foi uma grande Senhora que, naquele tempo, precisou de ser a ter frieza da "Dama de Ferrro" e de ocultar a sua feminilidade, como também outras o fizeram, para se "impôr" num mundo dominado pelo poder no lado dos homens.
Gostei, particularmente, da frase que citaste dela. É magnífica e com muitas leituras.

fataça disse...

De facto a Dama de Ferro ou Sargenta como alguns lhe chamaram, teve mesmo que mostrar os dentes em algumas ocasiões. Nunca o fez por "show-off" como sabemos.
Ao invés, vemos cada vez mais nos dias que correm, situações em que se aproveita de uma forma deseducada, desadequada e intransigente uma espécie de sensação agradável de poder para sacudir frustrações reprimidas. Esta é uma das maiores fragilidades da condição humana.
A frase da senhora não é má.
Pena que já não tenha discernimento suficiente para tirar da cartola mais umas sentenças deste gabarito.

Fataça

FLA disse...

Fataça, sempre ao alto nível, é muito importante que nos relembres valores de referência e contrapontos, nos dias de hoje pensa-se que, com a passagem pelo ensino superior, ganha-se gente com boa formação pessoal e social. Infelizmente, vamos constatando o contrário, os bons valores, a solidariedade, a tolerância, a literacia, entre outros, vão se escasseando. Proliferam muitas e novas regras de educação/ensino, resultado: temos crianças (pessoas) bem educadas, mas raramente adultos emancipados. Indo ao encontro do comentário da Graciete, citando Lobo Antunes “… esquecer uma mulher inteligente custa um numero incalculável de mulheres estúpidas.”

Graciete disse...

FLA, sem dúvida que a frase que citaste de Lobo Antunes é uma grande verdade.

Graciete disse...

Quando teci o meu comentário sobre a Sra. Margaret Thatcher não quis, de forma alguma, passar a ideia de que sou “Feminista”. É apenas, e tão somente, porque não o sou.
Se as Senhoras tinham que adoptar as posturas referidas, os homens no mundo do poder, tiveram também que ocultar os seus sentimentos e regerem-se pela intolerância, e outras atitudes que o FLA tão bem soube referir.
Homem e Mulher, sabemos que têm, direi, visões diferentes, e que resultam do facto de no cérebro, como sabemos, e como está cientificamente provado, os hemisférios direito e esquerdo serem diferentes. Mas ainda bem que assim o é.
Contudo, na resolução dos grandes problemas a nível mundial, tem-se verificado que estes comportamentos não têm resultado em mudanças positivas. E o exemplo é bem visível, e até já foi publicamente assumido pelo Presidente Obama. Como ele referiu, os Estados Unidos da América têm “entrado” nos países em “conflito”, pelo uso da força, e admitiu que não ficou nada resolvido, desta forma. Já implementou outra postura, designadamente em relação a Israel e à Palestina, embora ciente das dificuldades.

FLA disse...

Não me passou a ideia de seres "Feminista", acabei de me lembrar de uma coisa, irei postar.