12 fevereiro 2009

Excerto - "Poema do alegre desespero"

Para quem não aprecia mesmo nada as leves, suaves e discretas metáforas da poesia, descobri aqui qualquer coisinha que me chamou a atenção. Não sei porquê, mas senti um ... um ... um chamamento vá lá!
Cá vai, é deste senhor... António Gedeão.

"... Mais império menos império,
mais faraó menos faraó,
será tudo um vastíssimo cemitério,
cacos, cinzas e pó.
Compreende-se. Lá para o ano três mil e tal.
E o nosso sofrimento para que serviu afinal?... "
António Gedeão

3 comentários:

FLA disse...

Euforia efêmera

Atlante disse...

Muito bom Fataça,
Este senhor das ciências sabia-se exprimir muito bem.
Adios

Graciete disse...

Fataça, sempre a trazeres postagens que não me deixam ficar indiferente. Como confessa apreciadora também de poesia, e conhecendo a obra riquíssima deste poeta, que também foi o Rómulo de Carvalho dos meus manuais do Liceu, este excerto leva-nos a pensar, o que é deveras importante e necessário. Tudo neste mundo é efémero! (fazendo uma achega ao FLA)
Deixa-me só acrescentar, também de António Gedeão, uma quadra do poema “Flores de cera”:

Chamei o meu ser que pensa
Para ralhar com o que sente.
Sempre que os ponho em presença
Sorrio, piedosamente.
(…)